terça-feira, 26 de novembro de 2013

Moedas

Quem quer dinheiroo??
Agora vim falar com vocês sobre moedas, a zona do euro é composta por 17 países, e cada país tem sua casa da moeda, então cada país produz uma moeda diferente, claro que só no verso. A maioria dos países adotou o mesmo verso das moedas usadas antes de adotarem o Euro. Além disso, há várias edições especiais, moedas comemorativas, e isso é legal, mesmo quem não é numismata acaba guardando essas moedas e fazendo coleção.
O euro tem moedas de 1 e 2 centavos, e sim, você vai ganhar muitas dessas, porque aqui não existe essa história de levar bala de troco, mas também não existe chorinho, então se é 1,99 ou você para exato, ou paga a mais, e recebe a moedinha. Essas moedas não servem muito, a menos que você guarde elas num saco e chegue para comprar alguma coisa no mercado, no terminal para comprar ticket de trem, por exemplo, só são aceitas moedas maiores que 10 centavos. Porém, você vai guardando elas em casa, num pote ou no que você quiser, e então você leva no banco e eles depositam, ou trocam para você.
Outro ponto importante é que aqui também há moedas de 2 euros, e somado a isso tem o fato de que você pode comprar bastante coisa abaixo de 2 euros, então você anda coma  a carteira cheia de moedas. Lembro também que se você quiser pagar seu ticket do metrô, de 2,20 com 20 euros, você vai receber 17,80 em moedas.
Agora vai uma dica especial para os numismatas. Eu fui esses dias na loja que tem junto ao prédio do Euro, na praça Willy Brandt, em Frankfurt. Lá tem muita coisa pra fazer coleção e muita coisa interessante, mas não é muito barato, porém eu achei lá uma coisa que me deixou doido da cabeça, hehe. Um saco de 1kg de moedas do mundo inteiro, boa parte são moedas anteriores ao euros, da europa, mas tem muitas da áfrica, ásia, eu inclusive achei uma de 20 centavos de cruzeiros, da década de 70. Tudo isso por 8,95 euros, é um saco com moedas aleatórias, no meu vieram moedas de mais de 50 países diferentes, e umas moedas comemorativas, vale muito à pena.
Forte abraço pessoal, até mais.

Preconceito

Olá galera,
neste post vou abordar um tema complicado e polêmico, o preconceito, ou os preconceitos que eu percebi aqui na Alemanha. Primeiramente quero dizer que o que escrevo aqui, se trata do que eu vi, e a minha percepção, e com certeza não pode ser generalizada.
Aqui na Alemanha moram muitos estrangeiros, mas muitos mesmo, e eles formam guetos com o pessoal do seu país, e não se misturam com outros, e pior, não se misturam com o pessoal daqui da Alemanha. Mas isso, só pra alguns povos, os latinos, por exemplo, se misturam muito bem aqui, e são muito queridos pelos alemães, já os turcos e os russos, a história é bem diferente.
Para os brasileiros não há preconceito, aqui devo abrir um parênteses, porque há os neonazistas, mas eles abominam qualquer estrangeiro, inclusive os brasileiros, mas são muito raros os casos, no brasil também há, não é algo muito comum, vi um caso apenas. Mas em geral, o pessoal, os alemães, aqui são bem abertos pra conversar, claro que você tem que puxar assunto pra falar com eles, porque os alemães não são muito de ficar jogando papo pro ar, então, se você quiser aprender falando, tem que chamar os caras pra conversar mesmo. E assim, eu falo errado, e não tem problema, eles veem que eu estou aqui pra aprender, e eles acham bonito, na verdade, eles acham o sotaque do alemão que os latinos falam, bonito, o que é bem diferente do que o pessoal que vem do leste europeu fala, esse pessoal fala mais grosso, é terrível de ouvir, e os latinos já tem uma musicalidade na fala.
Agora, existem duas populações que são casso especiais aqui que são turcos e russos. Para os turcos, há um preconceito porque eles são muito diferentes, se tratando de religião e cultura, e são muitos, então, eles vivem em guetos, não se misturam muito. Eles vieram para reconstruir a Alemanha, depois da segunda guerra, e depois, na hora de voltar, resolveram ficar por aqui. O problema é que aqueles que ficaram aqui, começaram a trazer seus parentes, e por serem em grande numero, e muito apegados à sua cultura antiga, eles confrontam um pouco os alemães. Porém, eles tem um lado bom, em que os alemães e turcos convivem bem, que são as paradas de Kebab e pizza, todo lugar tem um, é como o cachorro quente no Brasil, bom, gostoso e barato, e é uma das únicas coisas de alimentação que fica aberta até mais tarde, normalmente até umas 23h, o que é bastante porque aqui anoitece cedo, alguns vão até a madrugada, ou são 24h.
Já para os russos o preconceito é um pouco mais histórico. Há sim o fato de eles serem grossos, no jeito ríspido, mas isso é explicado porque lá eles viviam uma vida muito difícil. Mas vendo a história, quando a Alemanha foi dividida após a segunda guerra, aqui o sul, onde eu moro (sim, estou falando do que eu percebo, pode ser que no norte é diferente) foi tomado pelos franceses e canadenses, então era tudo muito pacífico, casas abertas, sem cercas, sem proteção, gente honesta. Aí, quando reunificaram a Alemanha, muitos canadenses e franceses foram embora, claro que alguns criaram família aqui e ficaram, e os russos, descendentes de alemães, que estavam vivendo o regime comunista, fugiram pra cá, e como não tinham dinheiro, muitos deles começaram a roubar, aí que complicou a história, e desde então, os russos não são mais muito bem vistos por aqui.
Mas claro, que eu estou sendo muito preconceituoso, também, falando assim, não dá pra se generalizar, mas é uma percepção que se tem rapidamente quando se chega aqui. Já morei com uma família de russos que foram muito legais comigo, já conversei com turcos que foram também muito bacanas, mas aí também varia de pessoa pra pessoa.
Bom, um grande abraço pra vocês e até a próxima.

sábado, 9 de novembro de 2013

Dirigir na Alemanha

Olá amigos,
Hoje vou falar um pouco sobre como é dirigir na Alemanha.
Em geral, as regras são as mesmas, mas há algumas peculiaridades, que são interessantes de se saber, pra fazer bonito quando estiver aqui.
Primeiramente, sim, há locais sem limite de velocidade, e não são poucos, as restrições para velocidade ficam dentro das cidades, ou quando vai entrar em alguma rotatória, ou há alguma bifurcação à frente.
Placa indicando fim da restrição de 30 km/h.
As regras são bastante rígidas, e não adianta querer burlar. Bom, para velocidade, dentro das cidades, ou dos vilarejos a regra, é geralmente de 30 km/h, isso nas cidades pequenas, nas maiores, onde há ruas maiores, isso vai pra 50, ou 70 km/h. Mas há pouco trânsito, não há lombadas, muitas cidades não tem nem sinaleiro, por serem muito pequenas. Mas há as faixas de pedestre, e sempre que há a indicação, e tem um pedestre ali para atravessar, você tem que parar e deixá-lo passar. Há ruas, em que o sinaleiro para pedestres está verde, e para os carros que vem na perpendicular também, então, quem vai fazer a conversão, deve esperar o pedestre passar, para avisar isso, tem um sinal amarelo que fica piscando, para indicar ao motorista que ali o pedestre tem a preferência. Outro ponto é que nas cidades, há muitas ruas estreitas, e muita gente querendo estacionar, aí você vai perceber que o meio fio das calçadas são baixos, e o pessoal estaciona metade do carro na calçada, e outra metade na rua, isso é normal e certo, desde que tenha placa indicando que pode. Esta placa é uma placa azul, com uma listra ou um x vermelho, e uma seta indicando o lado da rua em que você pode estacionar. Outro fato que se deve prestar bastante atenção é que mesmo assim as ruas continuam estreitas para os carros passarem nos dois sentidos, por isso é importante sempre ter muita atenção e ser gentil, um dos carros terá que achar um espaço para encostar, e deixar o outro passar.
Bom, mas querem falar de velocidade, né. Bom, as placas de sinalização de velocidade são iguais, e a regra é a mesma, a diferença para o Brasil é que existem placas como essa da foto, com a velocidade que valia até aquele ponto e uns riscos em cima, o que indica que a partir daquele ponto não há mais limite de velocidade, isto, claro, até a próxima placa indicando o limite, mas fique tranquilo, nas rodovias, você dirige um bom tempo sem limite nenhum. Mas muita atenção nos períodos de neve, isso pode se tornar muito perigoso.
 Falando em neve, a limpeza das ruas acontece assim, as ruas grandes, passa o caminhão limpando e jogando sal, para derreter a neve, aí dá para dirigir, mas claro, sempre com atenção, pois ainda há possibilidade de ter algum gelo na pista. Nas ruas menores o caminhão só joga umas pedras pequenas, que servem para ajudar na freada. O período considerado de inverno, para o trânsito é 01 de novembro até 31 de março, então, nesse período todos os veículos precisam ter pneus para neve, e é bom colocar um produto especial no limpador de parabrisas, para este não congelar. Outra coisa para se ressaltar é que as motos mais potentes e carros mais esportivos, que não tem muita estabilidade não podem trafegar neste período de inverno, para isso, nesses veículos, no canto direito da placa há os números 04/10, indicando que entre abril e outubro ele pode trafegar.
Agora, a título de curiosidade, vou tentar explicar como funcionam as placas dos veículos. Em geral há duas letras, mas já vi alguns com 3 e com uma só, que indicam a cidade, como os veículos emplacados em Villigen e Schwenningen recebem as letras VS, depois vem dois brasões, o de baixo indica a região em que foi emplacado, como se fosse do detran, e acima, um outro que indica que o carro passou na inspeção, que é feita a cada dois anos. Depois vem a sequencia de duas letras e quatro números que o dono do carro escolhe, geralmente relacionado ao nome e data de aniversário.

Bom, é isso aí que eu vim trazer para vocês, galera, forte abraço.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Strasbourg

Olá amigos,
faz tempo que não escrevo, porque estou me entretendo fora da internet, enquanto ainda é suportável ficar fora de casa.
Bom, não é disso que vim falar hoje, mas sim do meu passeio que fiz à Strasbourg, há umas semanas atrás.
Aqui na Alemanha, as linhas de trem são gerenciadas por grupos, e cada um desses administra uma região, essa região é um conjunto de cidades, dificilmente é o estado todo, no caso, a TGO administra a região de Ortenau-Kreis, que fica no oeste do estado Baden Wütenberg, abrange a região do Rust (Europa-Park) até  acima de Offenburg, essa região corresponde com a fronteira com a França. Como muitas pessoas moram na França e trabalham nessa região, ou o contrário, ou não só os que trabalham, o pessoal que faz turismo, também, circula nesse trecho, a TGO e a correspondente companhia francesa, que atua na Alsace (Alsácia), tem uma parceria, que você compra um bilhete chamado europass, que custa 8,50 euros, e com ele você pode circular por toda área de Ortenau, e pela Alsácia, num período de 24 horas, usando trem, ônibus e demais transportes urbanos.
Notre-Dame de Strasbourg
Eu havia comprado o bilhete de tarde para usar no Ortenau-Kreis, li que ele valia para a Alsácia e vali 24 horas, então, na manhã seguinte, usei-o. O trem sai de 2 em 2 horas de Offenburg, e vai para Strasbourg, o trajeto leva um pouco menos de uma hora. Descendo na estação francesa, já deu pra perceber uma diferença entre os dois países, que é o respeito ao semáforo, pelos pedestres, porque na Alemanha, a maioria das pessoas, espera até ficar verde, mesmo que não tenha nenhum carro, já no lado francês, o pessoal vai atravessando sem medo de ser feliz. Mas falando da cidade, a minha dica sempre é andar na direção das torres das igrejas, não teve erro,  segui por várias ruas, com uma arquitetura muito bonita, cheia de detalhes, fui seguindo esse caminho e cheguei na Notre-Dame de Strasbourg, uma igreja lindíssima, enorme, que você pode entrar, e aconselho você a entrar, pois os vitrais dela são deslumbrantes. A praça na frente dela é cheia de turistas, e há música no ar, também é muito aconchegante, ali perto tem uma loja que vende uns biscoitos amanteigados que são uma tradição da cidade, e sim, são muito gostosos.
Agora, pra conhecer outros pontos, o que eu fiz, foi andar sem muito rumo,  fui andando pelas ruas, e encontrei muitas construções bonitas, comprei croissant em uma das inúmeras padarias que há por ali, e depois tentei voltar para a estação de trem, para mim não foi muito difícil, mas pode ser meio complicado, pois as ruas não se cortam em ângulos retos, é mais ou menos um semi-circulo, mas o bom é que a estação central, Gale, é o centro do circulo, e é um prédio enorme, e bem bonito.
Bom, para mim valeu muito à pena, não é caro conhecer a França, e é muito, mas muito bonito mesmo, se você pegar um dia de sol, deve valer a pena subir na torre da Notre Dame, eu tive azar e peguei um dia de nevoeiro, e eu não subi a torre.
Até a próxima, pessoal.